segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Mundo que (des)abraça

Sonhos perdidos nas ruas, nas multidões
Olhares sozinhos que refletem almas cansadas
Mãos que tateiam estranhos
Bocas que beijam vazios
Desejos que calam de mansinho, se escondem
Corações rifados ao nada, ao desespero
Suspiros tão altos, que ninguém escuta
Flores que desabrocham passivas, em submissão
Futuros que são esquecidos ou endeusados demais
Diferenças tão diferentes que se negam
Amores irremediáveis por medos ou tolices
Horas perdidas dia-a-dia com excesso de pensamento
Lamentações feitas pela alma tão doída
Poemas escritos sem razão, pelo simples ato de sê-los

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