Tem uns dias esquisitos, dias em que não se quer nada. Não quer conversa, não quer sair, não quer se divertir, não quer ser triste, não quer inventar, não quer mudar. Quer é ficar só. Mas um só bom, pra se encontrar, pra ficar perto de si.
Na verdade são dias em que se quer sim. Quer se isolar, quer pensar na vida, quer refletir, quer ter esperanças, quer sentir um pouco de si mesmo. São dias estranhos, não são bonitos nem feios, não são divertidos nem chatos.
Nesses dias não se aceita um amor, não se deseja presentes, não se quer companhia. É dia de desapego de tudo, menos de si.
Dias para ver o pôr-do-sol, sentir o vento, mergulhar no mar, escalar uma montanha ou fazer pedidos às estrelas.
São dias para colocar os ponteiros no lugar e continuar. Ou não colocar nada no lugar e continuar mesmo assim.
É tempo de pensar quieto, falar baixinho, sonhar grande.
Isso que eu chamo de tirar um tempo só pra mim.
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