pulsa até demais.
Muitas luzes, muitos carros, muitas pessoas.
Mas serão pessoas? Ou só corpos ocos?
Almas vazias ou nem há almas?
Uma noite doce àquele que transborda,
poesia pra quem não tem tempo.
Vida nova pra quem não reflete
e mais estrelas pra quem não olha para o céu.
Ruas cheias e um vazio.
O sistema urge, suga tudo.
E mais ruas cheias e um só vazio.
Vazio esse que é de todos nós.
Escola, faculdade, trabalho.
De segunda a segunda,
sete dias, 24 horas.
As repartições cheias, os bancos cheios,
a praça vazia, o coração oco.
Ouve-se tiros no morro.
Moedas caem nos bolsos de linho.
Mais ruas cheias, um grande vazio.
Quando será que explode? Vai demorar?

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